Prioridade do Partido Liberal no Amazonas é formar palanque para Jair Bolsonaro. E a condição para as alianças é estar na chapa majoritária ao governo
Podcast Sim e Não, entrevista com Alfredo Nascimento (Foto: Jeiza Russo)
Presidente estadual do PL, o ex-deputado federal Alfredo Nascimento desautorizou, ontem, o ex-superintendente da Suframa Coronel Menezes a falar pelo partido no processo de escolha de nomes para vice-governador na chapa do governador Wilson Lima (UB). E sinalizou que a própria indicação de Menezes, para disputar o Senado nesta composição, encerraria esse debate.
“Quem define isso sou eu. O presidente do partido sou eu”, afirmou Alfredo em entrevista ao podcast do Sim&Não, ressaltando que a prioridade do partido, no Amazonas, é formar um palanque para a candidatura de Jair Bolsonaro. O presidente da República trocou o PSL pelo PL para tentar a reeleição.
“Minha primeira providência na eleição é ter um palanque para o presidente Jair Bolsonaro. Em que condição? Participando da chapa majoritária”, afirmou Alfredo, sinalizando que, apesar da possibilidade de indicar o vice de Wilson Lima não estar descartada, a escolha de Menezes como candidato ao Senado, nesta composição, contempla a exigência.
“Menezes é candidato ao Senado, candidato do presidente. O próprio presidente me disse”, lembrou Nascimento, afirmando que é com esse nome “na mesa” que tem conversado com “governador, prefeito e até outros partidos”. “Só não faço aliança com quem é de esquerda”, pontuou.
Alfredo afirmou que pelas novas regras, este ano a eleição para Senado será mais fácil que a de deputado federal. Ele prevê que cada um dos sete maiores grupos políticos eleja um parlamentar para a Câmara. Como são oito vagas, apenas um desses sete conseguirá eleger dois nomes.
“Meu partido vai fazer um. Não tenho dúvida que a gente faz um nome. Agora, o segundo, é loteria”, declarou. O PL vai lançar, para deputado federal, os nove candidatos permitidos em lei. Além do Alfredo, o partido tem outro nome de expressão na disputa, que é o deputado federal Capitão Alberto Neto.
Alfredo, que foi ministro das gestões petistas de Lula e Dilma, está mesmo “fechado com Bolsonaro”. Ele defendeu na entrevista a concessão de benefícios sociais pelo governo do presidente Bolsonaro a menos de quatro meses da eleição de outubro. Para Alfredo, a ampliação do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, além da concessão de uma bolsa caminhoneiro que pode variar entre R$ 400 a R$ 1000 para aliviar a pressão do preço do diesel vai ajudar a reduzir a inflação que atualmente supera os 11%.
“A inflação subiu, sim. Não está fora de controle. Essas medidas do governo de reduzir IPI, o aumento do Bolsa Família (Auxílio Brasil), o pagamento de uma bolsa para o caminheiro. Isso tudo vai dar uma equilibrada na inflação”, disse o pré-candidato.